Quando foi criado, em 1980, o Museu da Imagem e do Som do Ceará tinha como objetivo principal colecionar e preservar “os mais importantes fatos da vida cearense”. Passados mais de 40 anos, a complexidade de formação das coleções do museu constituem tanto um desafio a ser encarado quanto um potencial enorme para pesquisadores da cidade, uma vez que se trata de um acervo múltiplo, em torno do qual vem sendo implementados processos de aproximação às tendências contemporâneas do pensamento museológico.
Ao longo destas mais de quatro décadas de história, em meio à diversidade temática de seu acervo, das suas mídias e no interior dos processos cada vez mais rápidos de obsolescência dos suportes de registro de imagens e sons, formou-se um acervo composto por mais de 160 mil itens. Com fortes referências ao patrimônio imaterial do estado, somou-se, nos processos de aquisição, doação, preservação e salvaguarda, múltiplos conteúdos e suportes. Em muitos casos, tanto as técnicas/tecnologias quanto os temas trabalhados podem ser considerados saberes e fazeres ligados à cultura e à tradição de uma comunidade local absolutamente heterogênea, como, por exemplo, os acervos que tratam da fotografia popular.
Em meio ao acervo formado (nem sempre organizado de forma coesa), o museu abriga conjuntos documentais relevantes para a pesquisa e compreensão da história e da cultura do povo cearense. As coleções são constituídas por fotos impressas, fotos de contato, diapositivos, negativos, CD’s (áudio e dados), VHS, DVD’s, LP’s, Fitas Cassete, Cordéis, Películas (8mm, 16mm e 35mm), partituras, documentos e objetos tridimensionais.
Para além dos acervos de natureza museológica, o museu conta ainda com acervos de natureza bibliográfica e arquivística. Dentre as principais coleções, adquiridas por meio de compra ou doação de acervos particulares e/ou de instituições parceiras.