O que é Trair o CIStema?
Trair o CIStema é uma programa do MIS CE - Museu da Imagem e do Som do Ceará Chico Albuquerque, que tem como objetivo a promoção de criações artísticas, ações educativas e de pesquisa desenvolvidas por pessoas trans, travestis e não bináries. “Trair o CIStema” propõe um olhar para os pactos ficcionais da cisgeneridade, questionando-os e reinventando o imaginário construído socialmente sobre corpas desviantes das normas de gênero. Nos interessa suscitar reflexões acerca das existências dessas pessoas, produzindo possibilidades de vida. O programa teve início durante o mês da visibilidade trans em janeiro de 2023 e vem, ao longo dos meses, desenvolvendo ações educativas, de pesquisa e de difusão, tendo como premissa a valorização e o protagonismo de pessoas trans, travestis e não-bináries.
Como transicionar um museu?
Elaborado inicialmente (2023) pelas artistas, produtoras, curadoras e arte educadoras trans do Museu da Imagem e do Som do Ceará, Aires, Ana Paula Braga e Lipe da Silva, e continuado no presente por Aires, Garu Pirani e Romã, Trair o CIStema nos convida a construir fissuras e nelas produzir possibilidades de transformação, que reinventem os espaços normativos históricos e possibilitem a produção de vida entre pessoas trans, travestis e não binárias.
Um Museu é um lugar de produção, demarcação e afirmação de um imaginário ou de vários, a partir da memória, da arte e suas variadas materialidades. Desse modo o desejo de disputar e construir novas imagens sobre corpas dissidentes de gênero é um dos motores da elaboração desse programa no Museu da Imagem e do Som do Ceará, sempre relacionando dentro do nosso plano estratégico a importância do desenvolvimento de ações educativas, de difusão e de pesquisa, contribuindo com a formação e difusão de artistas gênero diversas, debatendo as presenças e as ausências na produção de cultura visual e sonora.
Ateliê de criação - Tecnologias Transvestigêneres
O Ateliê de criação - Tecnologias Transvestigêneres, é um espaço de investigação e intercâmbio de experiências, com ênfase na transdisciplinaridade, que busca aproximar, diluir e questionar as fronteiras e barreiras existentes entre linguagens artísticas e outros campos do conhecimento, incentivando o hibridismo e as experimentações.
Quais aspectos entre a transição de gênero e a criação artística deflagram a criação de tecnologias transvestis? Para compreender a sutileza dessas perguntas precisamos entender que quando falamos de tecnologias nos referimos a um conceito que está além da noção de “tecnologia” que concebemos na contemporaneidade: aparelhos digitais ou o mundo cibernético.
Essa ideia precisa ser vista de uma forma mais ampla: o conjunto de saberes ancestrais e técnicas aplicadas para transformar a realidade no presente, englobamos nesta percepção: leituras de mundo, saberes informais, rituais para fortalecer a espiritualidade, oralidade, estratégias de sobrevivência à violência transfóbica, trocas afetuosas, sonhos, desejos, fabulações e a própria criação artística.
O Ateliê de criação - Tecnologias Transvestigêneres teve sua primeira edição entre os meses de novembro de 2023 a janeiro de 2024, e teve 10 pessoas bolsistas pesquisadoras, reunindo artistas com pesquisas que investigam as relações entre arte, tecnologia e questões urgentes na contemporaneidade. Como culminância desse processo a criação da instalação audiovisual imersiva Fragmento - KYMERA, que integra hoje o acervo do Museu da Imagem e do Som do Ceará. O ateliê tema sua segunda edição prevista para o segundo semestre de 2024
AÇÕES
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