Local: corredor do andar -1 do Anexo.
Funcionamento:
Quarta e quinta-feira (10h às 18h, com acesso até 17h30)
Sexta a domingo (13h às 20h, com acesso até 19h30)
A exposição “Imaginar os Cearás: Memórias e Tecnologias” lança um olhar sobre a história do Museu da Imagem e do Som do Ceará e reflete sobre o papel do museu na construção de representações políticas, culturais e históricas, investigando como o Ceará tem sido imaginado ao longo do tempo e como isso se reflete em seu acervo. Neste sentido, propõe (re)conexões entre as tecnologias milenares da oralidade, as tecnologias contemporâneas e as formas como indivíduos e grupos sociais têm imaginado e constituído ideias de futuro, moldando narrativas e memórias na constituição de identidades do nosso Estado.
Texto curatorial
Os museus, em muitos aspectos, lidam com as mais diversas temporalidades, buscando construir narrativas que estruturem as memórias e alicercem as identidades que se pretendem constituir, conforme os futuros que imaginamos. Neste sentido, as coleções são formadas como resultados de escolhas e recortes - objetivos e subjetivos - no intuito de traduzir as polifonias e diversidade de olhares que constituem as memórias coletivas.
Quando se trata de um acervo referenciado em imagens e sons, constituintes de uma paisagem e uma cultura, dizem respeito ainda sobre as tecnologias que impactam na percepção humana e nas diversas possibilidades de capturar os tempos vividos, sob as mais diferentes perspectivas. O olhar que se lança para suas coleções e para a trajetória da instituição suscitam questionamentos: Por que um item foi selecionado dentre tantos outros? Por quem? Quais critérios e quais recortes foram utilizados nas escolhas? Quem são as pessoas ou grupos sociais que têm imaginado e constituído ideias de futuro, narrativas e memórias sobre os saberes e fazeres que nos identificam enquanto uma comunidade?
A exposição Imaginar o(s) Ceará(s): Memórias e Tecnologias indaga o papel do museu na constituição de representações do Estado do Ceará e sobre as formas como este tem sido imaginado em diversos momentos. Como toda história é contada a partir de um recorte, esta exposição parte de três momentos marcantes para o Museu: A inauguração (1980), a reinauguração (1996) e o projeto atual - demarcado pelo tombamento da casa (2016) e pela construção do anexo (assinatura da ordem de serviço em 2018).
A nova fase, caracterizada por uma série de mudanças físicas e conceituais sobre o papel que o museu deseja exercer e que norteia o olhar que ora se lança sobre sua trajetória, propõe (re)conexões entre as tecnologias milenares da oralidade, as tecnologias contemporâneas e as formas como indivíduos e grupos sociais têm imaginado e constituído ideias de futuro, narrativas e memórias sobre os saberes e fazeres que nos identificam enquanto uma comunidade.
Eliene Magalhães