Em cartaz de 12 de dezembro de 2024 a 30 de março de 2025.
O Museu da Imagem e do Som do Ceará apresenta Vermelho Vivo, uma exposição-instalação concebida sob a curadoria da artista e curadora portuguesa Ângela Berlinde, no contexto do FotoFestival Solar. A exposição coletiva ocupa todas as áreas do Museu, incluindo as salas expositivas, a biblioteca, a sala imersiva e as áreas externas, apresentando uma seleção de artistas que celebram a liberdade e a revolução. A mostra cria uma experiência sensorial na qual imagens, poemas e canções se entrelaçam para refletir sobre as ideias de Liberdade e Revolução, em um momento de urgência e futuro.
Vermelho Vivo convoca simultaneamente os 50 anos da Revolução Portuguesa de 25 de Abril, a Revolução dos Cravos, a libertação das ex-colônias e os 60 anos do golpe militar no Brasil, criando um movimento de profunda interconexão. As obras atuam como catalisadoras, convidando à reflexão e introspecção sobre uma história comum, interpretada a partir de múltiplas perspectivas e épocas distintas.
Vermelho Vivo convida o público a vivenciar imagens, poemas, filmes e canções. A exposição inflama o valor máximo da liberdade, acentuando a força das lutas e a vibração da revolução, abrangendo um período de criação contemporânea que vai desde o início dos anos 1970 até os dias de hoje. Artistas e pensadores da geografia luso-afro-brasileira compõem essa teia complexa e multifacetada, formada por 115 criadores, distribuídos entre 65 artistas visuais, 25 autores e editores, e 25 músicos e bandas. Juntos, respondem a um mundo em transformação, reconfigurando os significados da liberdade e evocando seu valor político, ao mesmo tempo em que propõem novos sentidos para a existência.
ARTISTAS:
Alberto Carneiro - Alex Vieira - Alfredo Cunha - Aline Motta & Ricardo Aleixo - Ana Hatherly - Bárbara Fonte - Berna Reale - Boris Kossoy - Catarina Laranjeiro & Daniel Barroca - Celso Oliveira - Délio Jasse - Denilson Baniwa - Elaine Pessoa - Evandro Teixeira - Fernando Lemos - Fluxo Marginal - Glauber Rocha - Hilda de Paulo - João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira - Jochen Moll - Juca Martins - Luísa Sequeira - Mané Pacheco - Maria Velho da Costa - Marcelo Brodsky - Miguel Ângelo Marques - Nuno-Nunes Ferreira - Oficina Arara - Olinda Tupinambá - Oswald de Andrade - Patrícia Almeida & David-Alexandre Guéniot - Rafael Bordallo Pinheiro - Rita Barros - Rosa Gauditano - Ruca Bourbon - Soraya Vasconcelos - Shinji Nagabe - Tales Frey - Túlia Saldanha - Vitor Martins.
TEXTO CURATORIAL
Em 2024, comemoramos meio século da Revolução dos Cravos, símbolo da liberdade em Portugal, e seis décadas do golpe militar no Brasil — dois marcos históricos que ecoam, com força e urgência, no nosso tempo extraordinário e repleto de inquietações.
Vermelho Vivo é um grito apaixonado, uma resistência vibrante contra as ameaças à liberdade, dando corpo a uma força que celebra a democracia conquistada em Portugal, a libertação das ex-colônias africanas e, com igual fervor, a coragem e a resiliência do povo brasileiro na luta contra a brutal opressão da ditadura militar. Este é um movimento vital, feito de amor e revolução, que nos convida a revisitar nossas lutas e conquistas, tecendo histórias de coragem e transformação em um manifesto coletivo de liberdade e dignidade. Porque, na essência, a arte é poesia, e o poema é liberdade.
Em um mundo que clama por mudanças, a arte emerge como uma voz de resistência e transformação. A arte será sempre, na sua máxima expressão, um gesto político. Ao explorar o imaginário contemporâneo, a exposição nos convida a imaginar futuros. As
dúvidas tornam-se motoras de reflexão, e a pulsão e o desejo são energias vitais que nos impulsionam a construir novas realidades. Aqui, o questionamento é constante, e o convite é claro: resistir, imaginar, e, sobretudo, não ter medo de sonhar.
Vermelho Vivo no Museu da Imagem e do Som, convida o público a vivenciar imagens, poemas, filmes e canções como forma de refletir sobre as ideias de Liberdade e Revolução em um momento de urgência e futuro. A exposição inflama o valor máximo da liberdade, acentuando a força das lutas e a vibração da revolução, abrangendo um período de criação contemporânea que vai desde o início dos anos 70 até os dias de hoje. Artistas e pensadores da geografia luso-afro-brasileira compõem essa teia complexa e multifacetada, formada por 115 criadores, distribuídos entre 65 artistas visuais, 25 autores e editores, e 25 músicos e bandas. Juntos, respondem a um mundo em transformação, reconfigurando os significados da liberdade e evocando seu valor político, ao mesmo tempo em que propõem novos sentidos para a existência.
Vermelho Vivo é também uma revolução, uma instalação total que pulsa como um grande órgão, um coração que vibra sem limites e em plena liberdade.
Ângela Berlinde